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quinta-feira, 31 de agosto de 2017
http://ask.fm/wolfedler/answers/137535125277 A única desvantagem é que o papel durará menos tempo? É a mesma coisa de estudar em um livro novo (mesma eficácia e eficiência), não tem diferença nesse aspecto?
Esse problema de eficácia e eficiência depende do assunto. Na Física do Ensino Médio, os livros atuais não são mais eficazes nem eficientes do que os bons livros das décadas de 60 e 70. Porque, atualmente, eles, por uma questão comercial, em vez de se preocuparem em fazer o estudante aprender Física, se preocupam em treiná-lo para acertar questões do ENEM e de vestibulares. Isso é terrível. O que os editores não vêem é que o acerto é uma consequência do bom aprendizado. Além de ter muita coisa de suma importância a ser aprendida que não cai no ENEM e nos vestibulares e não é vista, portanto. Como conservação do momento angular, lei de Gauss (fluxo elétrico), Lei de Ampere (circuitação magnética) ondas eletromagnéticas, relatividade restrita, física quântica, física atômica, física nuclear, física de partículas, física estatística, física da matéria condensada, astrofísica, cosmologia. Em vez disso ficam ensinando e insistindo em treinar resolução de problemas de termometria, calorimetria, equilíbrio de barras, associação de resistores, associação de capacitores, máquinas térmicas. Tudo isso é interessante, mas é técnico. Física não é técnica. É o entendimento do funcionamento do mundo. Quem for fazer curso técnico sim, terá que ver isso. Mas o ensino médio comum geral não tem que ver isso. Ainda não foram editados livros de Física para o Ensino Médio melhores do que o PSSC e eles sairam do prelo não porque se tornaram obsoletos (se bem que poderiam, nas recentes edições, incorporar as mais recentes descobertas), mas porque os exames para os cursos superiores passaram a ser muito técnicos e pouco científicos. E vinculados a macetes. O ENEM começou bem, mas já degringolou para esse esquema dos vestibulares. O problema é que o professorado não está preparado, por exemplo, para a interdisciplinariedade. Cada um só entende do seu assunto. Isso é péssimo. Professor do Ensino Médio tem que entender de tudo que é dado no Ensino Médio. Em nível superior, sim, é que ele só precisa entender da sua área. O pior descalabro é que muitos não entendem nem da sua área no nível médio. É o fim da picada.
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