O socialismo diz que temos que dar tudo aos pobres?

Não. Há muitas vertentes de socialismo, desde o estatal e totalitário, que ocorreu na União Soviética e ocorre em Cuba até a Social-Democracia que ocorre nos países escandinavos. Sem considerar que o anarco-comunismo também é considerado uma forma de socialismo (só que ainda não aconteceu em lugar nenhum). Em nenhuma delas, contudo, se diz que se tem que dar tudo aos pobres. O que acontece é que, em qualquer forma de socialismo, a economia promove a drástica redução da desigualdade de renda, levando todos a um patamar mais igualitário de rendimentos, quer pelo fato de todos serem empregados do estado ou pelo fato de todos serem sócios dos empreendimentos. Mesmo na Social-Democracia, em que ainda há tanto detentores privados de capital (não só o estado), como trabalhadores assalariados (o que não existe no comunismo), a economia, por meio dos altos impostos, leva a uma equiparação entre as rendas dos que vivem do capital e dos que vivem do salário. Então não é que as pessoas vão dar o que possuem aos pobres, mas sim que todos vão compartilhar, uns com os outros, a posse dos meios de produção e de serviços, bem como o resultado dessa produção e desses serviços, no caso do comunismo, ou, no caso do socialismo de estado, que a posse dos meios de produção e de serviços fique nas mãos do estado, do qual todos são empregados e recebem, por seu trabalho, salários menos diferenciados em razão da função que exerçam.