segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Eu troquei a prova argumentativa pela póstuma, vamos ser extremistas tanto quando o assunto, você deu a sua palavra que se houver como irá voltar para mostrar que estava errado no assunto em que mais debateu durante a vida.

Se houver continuação da existência do "eu" depois da morte biológica do organismo (o que eu não acho que haja e nem imagino como poderia ser), não tenho a menor ideia de como se poderia travar uma comunicação entre esse "eu" incorpóreo e os "eus" corpóreos. Se esse "eu" sobrevivente não é uma função do organismo e não dispõe nem de órgão de sentido e nem de mecanismos de fala e de gestos, como teria alguma percepção e como procederia a uma comunicação? Mesmo quem pensa que possa haver telepatia, tem que considerar que a comunicação telepática seja procedida por ondas emanadas do cérebro e captadas por outro. Então tem que haver emissores e receptores que seriam órgãos físicos do corpo, possivelmente situados dentro do cérebro (o que também acho que não existe). Sem cérebro não consigo conceber como possa haver uma mente e sem uma mente, como possa haver um "eu" e uma consciência.

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