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quarta-feira, 12 de junho de 2019
Não percebo outra maneira de se admitir a veracidade da proposição "não existem verdades absolutas" se e somente se, considerar que esta proposição é, também, uma verdade absoluta, o que leva a uma auto-contradição e o que eu chamo de "laçar-se a si mesmo". A questão é saber se tem elas.
Essa afirmação é falsa. Verdade é a adequação entre a realidade e o discurso. Uma afirmação é verdadeira ou falsa se aquilo a respeito de que ela afirma ou nega, seja algo, de fato, verificado na realidade. Claro que as definições são absolutamente verdadeiras, pois se tratam, apenas, de atribuir um nome a algo que se descreva. Isso se chama um "juízo analítico". A questão de verificação da veracidade de alguma assertiva se prende ao caso em que a assertiva estabeleça uma relação entre conceitos definidos independentemente. Isso é chamado um "juízo sintético". Tais assertivas requerem verificação. Esta pode ser direta, por testemunho dos sentidos, desde que devidamente analisados quanto à impossibilidade de estarem fornecendo uma informação falsa, bem como de que sejam objeto de consenso entre muitos observadores. Ou então pode ser o resultado de uma dedução lógica calcada em premissas veritadas previamente, ou logicamente, ou por evidência. Se um dos dois casos ocorrer, se diz que a assertiva seja verdadeira, o que é o mesmo que dizer que seja absolutamente verdadeira. Há problemas, contudo. Acontece que o testemunho dos sentidos, direto ou indireto, por meio de instrumentos, não é fidedigno de modo inquestionável. Portanto a atribuição do caráter de verdadeiro a uma assertiva tem que ser ressalvada que é dada em termos das informações disponíveis e que isso pode ser revisto à vista de novas informações. Outro ponto é a questão das assertivas que expressam opiniões, que não são relações faticamente verificáveis. Sobre essas é que se costuma dizer que "não existem verdades absolutas". De fato, elas não representam afirmações ou negativas verificáveis por evidências nem por comprovações. Se o forem, deixam de ser opiniões. Esse é o objetivo da Ciência e, em meu entendimento, também deve ser o da Filosofia, qual seja, não se fundamentar em opiniões. Isso acontece muito em Filosofia e nas protociências, como a Sociologia, a Economia, a Psicologia, a História e algumas outras. Elas não possuem a característica de "Corte Epistemológico", pelo qual, a cada momento, somente um paradigma é aceito pela comunidade da respectiva ciência, ficando as propostas alternativas na berlinda até que, por acaso, alguma se revele verdadeira e passe a ser o novo paradigma. Isso acontece na Física, na Química, na Biologia, na Astronomia, na Cosmologia, na Geologia e nas ciências bem estabelecidas. Nas protociências existem as "Escolas de Pensamento", o que muito as enfraquece. Seria preciso que cada proposta, de cada uma dessas escolas conflitantes, fosse submetida a um critério de verificação de sua veritabilidade, de modo a que se sagrasse vencedora e ficasse estabelecida como paradigma, até que fosse revisto por novas evidências ou provas.
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