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quarta-feira, 12 de junho de 2019
Professor, minha namorada acha que o estado transitório de Marx é o ideal. Eu, como anarquista, como devo concence-la de que o estado não deva ser considerado jamais?
A questão não é jamais considerar a existência do estado como uma situação transitória para o comunismo e sim considerar que esse estado transitório seja uma ditadura em que ele fique como o único patrão de todos os trabalhadores. Pode, e é inevitável, que haja estado na transição para a anarquia, em que não há estado. Mas esse estado tem que ser mínimo e democrático. A transição tem que ser feita pela pulverização do capital entre todos os trabalhadores e a abolição gradual do trabalho assalariado, inclusive para o patrão estado. A implantação da anarquia por uma revolução cruenta, como queria Bakunin, traz o grave problema de, não havendo estado, não se ter como conter os vencidos para que não recuperem o poder. Uma revolução requer um poder que impeça os vencidos de voltar ao poder. E isso já acaba com a anarquia. Daí que a anarquia só pode ser atingida por evolução. Que pode ser entendida como uma revolução de concepções. Mas é gradual. Todavia isso é a tendência da humanidade se se considerar a evolução dos sistemas políticos e econômicos ao longo dos últimos milênios. Mesmo com alguns retrocessos pontuais, personificados pelas ditaduras. Todavia o absolutismo deu lugar a monarquias constitucionais e a repúblicas. E a autocracia deu lugar à democracia. Isso já é um caminho para a anarquia. Do mesmo modo que a Sociedade Anônima já é um caminho para a abolição do trabalho assalariado.
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