terça-feira, 28 de agosto de 2012

Até que ponto devemos respeitar as diferenças culturais?

Até o ponto em que elas não sejam prejudiciais às pessoas. Se uma cultura aceita práticas que não sejam éticas, mesmo que sejam morais, elas têm que ser abolidas. É o caso da lapidação de adúlteras, da ablação do clitóris, da lavagem da honra com sangue e, mesmo, da circuncisão. Ou, mesmo, da intolerância xenofóbica, racial, religiosa, sexual, de orientação sexual, cultural, social, econômica, linguística, geográfica e muitas outras. Tradições perversas também têm que ser acabadas, como as touradas ou a farra do boi. Em suma, há coisas que são de toda a humanidade, independentes da época e do lugar, que precisam ser obedecidas. As variações culturais podem e devem existir, desde que éticas, isto é, que não promovam prejuízo às pessoas nem sejam cruéis, mesmo com outros seres não humanos. O fato de ser algo que algum povo cultiva há muito tempo não significa que deva ser mantido, nem que seja certo ou verdadeiro.

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