sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Você é contra o aborto? Não acha que é uma relação da mulher com o seu corpo do que com o resto da sociedade?‎ smile

O feto que está sendo gestado não é uma parte do corpo da mulher, mas sim outra pessoa, cujo desenvolvimento está se dando dentro do corpo dela. Portanto trata-se de uma questão social. Abortar voluntariamente é matar outra pessoa. Isso não resta dúvida. A questão é saber a partir de que momento aquele aglomerado de células se torna uma pessoa. Para uns já é desde que o óvulo tenha sido fecundado e transformado em zigoto. Para outros só quando se desenvolve o sistema nervoso, que faz com que aquilo tenha senciência. Antes seria apenas um tecido amorfo. Compartilho desta segunda concepção. Isso significa que, depois que o embrião se torna feto, o aborto provocado é um assassinato e, logo, um crime. Como tal, só pode ser aceito em situações extremas, como a legítima defesa da vida da mãe se a gravidez a estiver ameaçando. O fato do feto ter sido gerado em um estupro não lhe tira a qualidade de ser outro ser humano, independente do pai e da mãe. Todavia, mesmo antes, considerando que, apesar de ainda não ser uma pessoa, se tornará uma, a interrupção voluntária da gravidez tem que ser cuidadosamente sopesada. Não é a mesma coisa que extrair um tumor. Penso que se possa admiti-la em alguns casos, como é a concepção num estupro, a anencefalia ou algo que inviabilize a vida do nascituro ou, ainda, risco à vida ou à saúde da gestante. Todavia, não concordo em sua permissão para a mulher que não apresenta condições de arcar com a maternidade, se a concepção foi consentida. Nesse caso, considero que o estado tenha que propiciar condições para uma gravidez tranquila e a posterior adoção da criança. Também não considero válido o aborto para quem não deseje o filho. Que a criança nasça e seja logo adotada. É importante que as pessoas entendam que conceber um filho é algo de extrema responsabilidade. Isso tem que ser incutido na juventude, nas escolas, sem nenhum puritanismo, antes mesmo que se seja capaz de conceber. É preciso aceitar que os jovens farão sexo sim e que isso é normal e, até, saudável. Portanto têm que saber prevenir, antes que a relação aconteça.

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