sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Como seria viver sem a certeza de nada? Nem da existência. Nem do próprio pensamento. Às vezes me sinto cético e em mais vezes ainda me sinto um incredor. Somos nada, Ernesto, ou nada somos?

Seria simplesmente viver como todo mundo, porque, realmente, não se tem certeza de nada, apenas concepções e, no máximo, convicções. O problema é quando a pessoa fica consciente disso, isto é, quando vê que suas pretensas certezas nada mais eram do que boas convicções. Ora, para viver sem certezas é só supor que as convicções sejam certas até prova em contrário e pautar a vida por isso. É o que todo mundo faz. Mas é bem plausível se considerar que se pensa e que, portanto, se existe. O que não é tão fácil é supor que o mundo exterior à própria mente exista por si mesmo, já que não temos acesso a nada além do que nossa mente nos revela sobre o mundo. E isso pode, sim, ser só uma ilusão: Maya. Para não ficarmos malucos de pedra (só malucos - o que é inevitável), temos que supor que o mundo exterior à nossa mente, de fato, exista. Então vemos que somos algo. Certamente menos do que muitos supõem, por exemplo, não há indícios da existência de uma alma imortal. O que seríamos? Animais dotados de um sistema nervoso mais desenvolvido que nos possibilita proezas fantásticas e nos dota de uma consciência. Mais do que isso, é achismo.

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