quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Na opinão do Sr. as instuições religiosas devem ser reformadas de dentro por novas pessoas da própria instituição de modo a aperfeiçoar seus valores e práticas ou dissolvida através de uma vanguarda intelectual contrária a elas?

De dentro. Tudo que é feito por imposição externa cria uma rejeição que promove uma resistência a essa mudança. Foi o que aconteceu com a Igreja Ortodoxa Russa, que ficou em estado de hibernação e ressurgiu com toda força com o fim do comunismo. O que penso que acontecerá é que a disseminação da educação científica e filosófica, com o livre pensamento e o ceticismo, quando todo mundo, sem exceção, tiver, pelo menos, o nível médio e no nível médio se estudar filosofia, sociologia, antropologia, psicologia e religião de um modo sério, como tem que ser, levará os religiosos a refletir sobre suas concepções e suas doutrinas, abrindo-se para concepções ampliadas, até que o sectarismo de cada religião acabe espontaneamente. Isso, certamente, vai demorar alguns séculos. Mas é assim que tem que ser. Até lá é preciso que a laicidade do estado seja, de fato, estabelecida em toda a sociedade, com a abolição, por exemplo, de crucifixos nos tribunais, como acontece no STF. Se há um crucifixo, teria que haver um crescente, uma estrela de David, uma flor de lótus, um ahum, uma roda dármica, um yin e yang, um pentagrama invertido, um triscele, um olho de Hórus, um arco e flecha e assim por diante...

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