quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Concordo quando disse que a religiosidade parece inspirar a arte, e que falta isto ao ateísmo, mas sempre me lembro do Saramago que foi ateu e excelentíssimo escritor.‎ Lorena Heloísa

Sim, mas as obras dele não intentam louvar o ateísmo, como as obras de arte religiosa o fazem em relação a Deus e seu séquito. É que o ateísmo não tem uma entidade superior a quem se deva glorificar. Mas poderia haver uma glorificação da natureza, da ciência, da humanidade, das virtudes de modo dissociado da religiosidade. Até que existe alguma coisa nesse sentido, mas muito acanhada. Não há uma catedral como a de Notre Dame ou um monumento como o Taj Mahal para glorificar tais valores. E não há comemorações e festividades em honra do ceticismo, da verdade, do altruísmo, na anarquia, do ateísmo e coisas assim. Não tem o "dia do ateu", o "dia do ceticismo", o "dia da dúvida", o "dia do Big Bang" e similares.

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