segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

É verdade que a origem da vida é um fenômeno fisicamente trivial, derivando-se a partir de moléculas tentando lidar com a própria entropia?‎

Físico, sim, trivial, não. A reunião de átomos para formar moléculas e a de moléculas simples para formar moléculas complexas e assim por diante, com complexidade cada vez maior é um evento em parte fortuito, em parte dirigido (mas não causado) pelo surgimento de interações atrativas cumulativas, como as forças de Van der Waals e as pontes de hidrogênio, que propiciam uma redução localizada de entropia, às custas de um aumento maior na vizinhança. Isso também ocorre com a condensação gravitacional de gases resultantes de uma flutuação aleatória de densidade que leva ao surgimento de estrelas e galáxias. A interação eletromagnética apenas não seria capaz disso por não ser apenas atrativa. Além do mais, a junção dos átomos para formar as moléculas básicas da vida, como metano, amônia e gás carbônico, além da água, requereu a existência de descargas elétricas abundantes na atmosfera, para fornecimento de energia. Hoje isso não acontece, exceto nas fumarolas submarinas, onde a energia é suprida pelo calor liberado do magma.

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