segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Professor Leandro Karnal https://www.youtube.com/watch?v=aU2GzjTJvVQ&feature=youtube_gdata_player Concorda?

Em parte sim, em parte não. O fato é que as religiões, realmente, se valem do medo do inferno para reforçar a adesão a elas. Gostei do poema da Teresa d'Ávila, mas, em lugar de Deus, eu colocaria o bem. O que é preciso é, justamente, acabar com esse medo do inferno, ou mesmo da punição da sociedade, para não praticar o mal. O bem deve ser praticado por seu valor intrínseco, sem pretender nenhuma recompensa e não para evitar nenhuma punição. Isso é que a educação anarco-comunista tem que incutir na juventude, que será a sociedade adulta de amanhã. Não vejo que a modernidade substitua Deus pela ciência, pois a ciência, diferentemente das religiões, não tem certezas e se submete a revisões. Mas é a forma correta de se atingir a verdade, ao lado da filosofia. O que é preciso, para que nenhum medo venha a levar o povo para as religiões, é elevar todo o povo a um nível intelectual, cultural, filosófico, científico, artístico bem grande, de modo que todos sejam capazes de pensar com propriedade. De entender textos filosóficos e científicos. Todos mesmo. Desde o catedrático de uma universidade até o lavrador. Isso é o que pretendo o anarquismo. Que todos seja elevadamente não só prósperos mas, também, cultos. Eu disse ELEVADAMENTE, e não medianamente. E eu disse TODOS e não alguns. Sim, esse não é um devaneio utópico. É algo possível. Só que a longo prazo. Eu diria vários séculos ou, até, milênios. Mas se chega lá.

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