domingo, 1 de fevereiro de 2015

Você admira bastante seu avô. Naturalmente esse amor sempre é pelo pai. Qual o motivo do seu fascínio pelo seu avô?

Eu também adorava meu pai, que era meu herói. Meu modelo de ser humano íntegro, sábio, culto, inteligente, gentil, educado, amoroso, competente, A admiração que tenho por meu avô, que nem cheguei a conhecer, pois ele morreu quando meu pai tinha só oito anos de idade, é porque ele era um homem de vastíssima cultura (falava oito línguas: alemão, russo, checo, francês, espanhol, italiano, inglês e português - era professor de russo e checo na Universidade de Viena). Um perfeito "gentleman" um verdadeiro "edler", isto é, um cavaleiro medieval. Mas era um anarquista a favor da queda do império austríaco e da proclamação da república, com a independência da Hungria e da Tchecoslováquia. Para não ser preso e, talvez, até condenado à morte, veio como imigrante para o Brasil, onde, depois, tornou-se professor de inglês do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Meu nome é em homenagem tanto a ele quanto a meu avô materno, ambos chamados Ernesto. Este era almirante da marinha brasileira e primo de Ruy Barbosa.

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