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domingo, 1 de fevereiro de 2015
Você sempre foi ateu, Ernesto? Ou em algum momento você chegou a acreditar em uma força superior?
Sempre não, pois houve um momento antes do qual eu nem existia. Mesmo depois que eu comecei a existir eu fui ateu até que me ensinaram que existia um deus. Eu acreditei e assim permaneci, desde uns cinco anos de idade até em torno dos dezenove. Então eu era católico fervoroso e queria ser santo. Mas minha índole filosófica e científica me levaram a querer saber e a estudar com bastante abrangência e profundidade tanto a religião católica quanto as demais, bem como filosofia, história, física e biologia. Esses estudos me levaram a concluir pela impropriedade da fé e pelo equívoco das crenças religiosas, sejam quais forem. Então, a partir dos dezenove anos comecei a deixar, a princípio, de ter religião, depois de duvidar da existência de Deus e, finalmente, a achar que ele não existe mesmo. Isso se completou em torno dos meus vinte e cinco anos. Desde então sou ateu e continuo meus estudos de tudo isso, que só confirmam minhas convicções, que, todavia, não são certezas.
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