sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Ernesto, existe em nossa sociedade a meritocracia? Eu falava para um amigo sobre a forma de seleção das universidades americana, que sempre achei positiva, porém, ele disse que o ma era injusto, pois envolvia a questão do mérito. Você concorda?



Não acho que seja injusto, pelo contrário, justamente porque envolve o mérito é que é justo. Não acho que a meritocracia seja uma concepção direitista, como querem alguns. Porque a todos têm que ser oferecidas as mesmas oportunidades e os mesmos meios de aproveitá-las. Mas, como as pessoas são desiguais por natureza, alguns aproveitam e outros não. Todavia o exercício de funções que implicam em consequências para a sociedade tem que ser feito por pessoas que dominem as competências para as exercer. Esse domínio de competências (conhecimentos e habilidades) é que é, justamente, o mérito, que precisa ser o fiel da escolha entre pretendentes ao preenchimento de vagas para o que quer que seja. Não se escalará, por exemplo, um jogador medíocre para defender a seleção nacional em uma copa do mundo. Também não se pode deixar que alguém que não tenha provado sua competência médica, jurídica, técnica, ou de que modalidade seja, possa exercer a medicina, o direito, a engenharia, o magistério ou qualquer ocupação que produza impactos na sociedade. Daí a necessidade de seleção por mérito para quem pretenda fazer os cursos superiores. Isso é inevitável e é justo que seja assim. E isso não contraria nenhum princípio esquerdista de igualdade de oportunidades e direitos, pois todos podem se submeter á aferição de seus méritos e a escolha não pode privilegiar nada, a não ser o mérito, isto é, não pode distinguir ninguém por sua condição econômica, racial, ideológica, política ou o que for, a não ser a competência.

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