terça-feira, 17 de abril de 2018

Música clássica realmente estimula a inteligência?

Sim. Porque sua apreciação não envolve apenas a absorção da sensação dos sons, mas também a sua intelecção, ou seja, a percepção das construções frasais melódicas, das harmonias, das escolhas dos timbres, do ritmo, da variação do andamento, da dinâmica entre o forte e o fraco e da todos os recursos de que o compositor faz uso para expressar sua arte de modo a provocar no ouvinte todo o tipo de emoção e sensação, deliberadamente urdidos pelo compositor. Escutar (e não, simplesmente, ouvir) música clássica, inclusive, é uma atividade que requer extrema atenção, podendo até ser cansativa. Mas esse cansaço é recompensado pelo extremo prazer que faz fruir, não só sensorial, mas intelectual. E essa complexa operação mental de interpretar as nuances de todos os aspectos manifestos é, sem dúvida, uma excelente forma de exercitar a inteligência.

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