Se por ventura você morrer e perceber que existe vida após a morte vai se sentir idiota por ter pregado algo errado as pessoas?

Claro que não. Pois minha convicção (e não certeza) de que não existem nem deuses nem espíritos é muito bem embasada. Portanto não é nenhuma idiotice. De fato, posso estar enganado, mas se estiver, não será por ser idiota e sim pelo fato de que, se assim o for, trata-se de algo completamente fugidio e arredio a qualquer comprovação, levando qualquer pessoa suficientemente racional a concluir por sua inexistência. Quanto a ter pregado algo errado às pessoas, de modo nenhum me arrependeria, pois o que prego é, exatamente, aquilo de que estou plenamente convencido de que seja a verdade e que seja o que as pessoas precisam aceitar como verdade para o seu bem. Então sinto-me no dever moral de fazer o meu proselitismo ateísta, do mesmo modo que um cristão, um muçulmano, um budista, um hinduísta, têm o dever de difundir sua fé, senão não podem dizer que são partidários dela. Com a diferença de que ateísmo não é uma fé e sim uma ausência de qualquer fé.