quarta-feira, 31 de julho de 2019

Qual o fundamento filosófico da objetividade dos valores morais?

Os valores morais não são subjetivos por definição. Eles são estabelecidos pela sociedade para que as pessoas os cumpram. Não são subjetivos. Não existe uma moral particular. Isso não é filosófico. É o que é. Todavia os valores morais são relativos ao local, à época e ao estrato social em que algum grupamento de pessoas se insira. Os valores éticos sim, são filosóficos. Eles não dependem dessas condições, ou seja, da época, do lugar e do estrato social. Eles são estabelecido por uma "meta-ética" que, filosoficamente, estabelece princípios para que alguma ação (uma vez que são em relação às ações que eles se reportam, e não aos seres) seja tida como eticamente aceitável, condenável ou indiferente. Esses princípios emergem de considerações a respeito do que propicie a maximização da felicidade, do bem estar, do prazer, do lucro e de outros benefícios, não particularmente para um indivíduo, para para o maior número de seres (inclusive não humanos). Também considera a validade da reciprocidade, isto é, de que, se não se queira ser objeto de alguma ação, não se deva fazê-la para outrem. Outro princípio filosófico da ética é o de que qualquer ação será ética se puder ser erigida como preceito a ser seguido. Da moral se espera que seja ética. Todavia, nem sempre o é, pois reflete o desejo dos detentores do poder sobre como as pessoas devam agir para atender seus interesses. Quanto a moral não for ética, é dever ético contrariá-la. E quando ela, mesmo não sendo anti-ética, não fira a ética, não é que se deva contrariá-la, mas, contrariá-la não é anti-ético.

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