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quarta-feira, 31 de julho de 2019
Tem gente que diz que utilizar pronome de tratamento é uma questão de respeito. Lembro de quando o Lula foi até Curitiba para prestar depoimento sobre o Tríplex, sempre que se referia ao Moro usava "Doutor", mas mesmo assim foi sarcástico e ria em várias situações. Patético, educação é mais que isso
De fato, isso é algo sem cabimento. Chamar a pessoa de "senhor" ou "senhora", absolutamente não significa que se a respeite. Do mesmo modo que chamar de "você" não significa que não se está respeitando. Respeito não é uma formalidade. Respeito é consideração, é reconhecimento do valor, é deferência, é encarar todos de igual para igual, não se colocando como superior e nem inferior a ninguém. Todos os seres humanos são igualmente dignos de consideração e respeito, exceto se forem pessoas más e criminosas. Essas têm que ser desrespeitadas mesmo. E acintosamente. Mas não por serem pobres, feias, sujas, doentes, ignorantes, burras, velhas, aleijadas ou o que seja que possuam de inferior. Isso não desqualifica o caráter de ninguém e é o caráter que confere valor e respeito a uma pessoa. Meu pai aprendeu com o pai dele e me ensinou a chamar todo mundo de "você" e assim aprendi (no caso dele, que era filho de pai austríaco e mãe portuguesa, ele chamava de "tu"). Isso se aplica a pai, mãe, avô, avó, professor, professora, médico, advogado, juiz, delegado, chefe, diretor, seja quem for. Até ao Papa e à Rainha da Inglaterra. Para mim é uma questão filosófica. É a minha cosmovisão igualitária.
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