sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Acha válido comparar a crença em Deus com Papai Noel e afins?

Não. São situações muito diferentes. Papai Noel, cegonha, coelhinho da páscoa, bicho papão e outras entidades imaginárias são passadas como reais para crianças mas se sabe que são fantasiosas e, mais tarde, a criança deixará de crer nelas. Isto já é previsto e trata-se de uma brincadeira inocente. A crença em Deus não é brincadeira. É uma coisa muito séria e as pessoas pautam toda a sua vida por ela. Nenhum crente acha que seja algo para tapear pessoas ingênuas que, depois, verão que se trata de brincadeira. Quem não crê em Deus precisa entender que os que creem não são, por isso, ignorantes ou ingênuos. Podem ser muito inteligentes, cultos e perspicazes. Apenas não lhes ocorreu a percepção das incoerências e da insustentabilidade de sua crença. Da mesma forma que os crentes concitam os ateus a abrirem sua mente para a possibilidade da existência de Deus, nós, ateus, concitamos os crentes a abrirem sua mente para a possibilidade da sua inexistência. Não concordo com a atitude de deboche de certos ateus em relação aos crentes. Tanto ateus como crentes podem ser pessoas respeitáveis ou vigaristas e crápulas. Usar de ironia e sarcasmo para com crentes em sua crença revela uma mentalidade mesquinha. A descrença em Deus não exime ninguém de um comportamento ético, especialmente quanto ao respeito e cortesia, além da verdade. Comparar a crença em Deus de uma pessoa com a crença em Papai Noel das crianças é uma descortesia, pois equivale a considerar sua fé uma infantilidade, quando absolutamente não o é.

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