terça-feira, 16 de agosto de 2011

O sr. tem uma conclusão sobre se temos ou não o livre arbítrio?

Considero que temos sim, isto é, que podemos fazer escolhas, mesmo que sejamos fortemente influenciados por nossas tendências genéticas e pela pressão do meio social. Mesmo assim há uma margem de manobra para decisões pessoais. E isto nós fazemos a todo momento. Isto só é possível porque a natureza não e determinística em sua essência física fundamental, isto é, quântica. Não fora isso, o determinismo Laplaceano e o "destino" regeriam a nossa vida e de tudo no Universo. E como todas as estruturas existentes, inclusive a nossa mente, que é uma ocorrência do cérebro, são feitas de partículas subatômicas, esse indeterminismo projeta-se nos níveis mais elevados da realidade, como o psíquico, o social, o econômico, o político e faz com que essas realidades também possuam seus graus de liberdade de escolha, se um agente consciente as tiver manipulando. Mesmo o mundo inanimado, sem que as ocorrências se dêem por decisões voluntárias, não é determinístico. E isso não é meramente devido à complexidade que impede o conhecimento de todos os fatores envolvidos. O indeterminismo é intrínseco e essencial ao comportamento do mundo. Portanto, face ao princípio da incerteza de Heisenberg, o livre arbítrio existe.

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