quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O senhor acha que inteligência está 100% relacionado com o ato de estudar?

Claro que não. Há pessoas muito inteligentes até analfabetas. A inteligência é uma capacidade de resolver problemas de toda ordem, não necessariamente problemas acadêmicos. Problemas da vida cotidiana também. O que desenvolve a inteligência é a contínua aplicação em estar a resolvê-los. É como um atleta. Seu desempenho dependerá de sua aplicação em exercitar-se. No entanto é verdade que as disciplinas acadêmicas, especialmente matemática, prestam-se admiravelmente para exercitar o cérebro e desenvolver a inteligência. Mas não só matemática. Desafios de toda ordem: linguísticos, mneumônicos (história, geografia, literatura), científicos (física, química, biologia). O mais importante, contudo, não é o domínio dos conteúdos das disciplinas, mas a habilidade em aplicá-los na solução de situações inéditas (é claro que, para isso, os conteúdos precisam ser conhecidos). Atividades lúdicas também podem desenvolver a inteligência, como jogar Xadrez, gamão, montar o cubo de Rubik, resolver enigmas, charadas, palavras cruzadas, sodoku, bridge etc. Aprender novos idiomas, tocar instrumentos musicais, praticar esportes que exijam mais raciocínio rápido, como tênis de mesa, fazer tricô ou crochê (mas aqueles pontos intrincados, cheios de desenhos enroscados), desenhar, esculpir, montar puzzles. Há também alguns truques, como usar o relógio invertido, comer, escrever e escovar os dentes com a mão não dominante, trocar roupa e tomar banho de olhos fechados, identificar os alimentos pelo aroma, sem vê-los, andar de fasto, escrever da direita para a esquerda. Em suma, tudo o que complica e dificulta, desenvolve a inteligência. Estar sempre em contato com novidades, por exemplo, caminhando cada dia por um trajeto distinto. Não cultivar hábitos mas sempre fazer tudo pensando no modo.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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