Não é a mesma coisa. Cornice mansa é a atitude de um homem ou uma mulher que finge que não sabe que seu companheiro ou companheira tem outro relacionamento, mas não admite isso abertamente. Poliamorismo é a atitude de aceitar relacionamentos múltiplos de forma consentida, conhecida e admitida publicamente, Inclusive até sendo, mesmo, amigo do outro marido, namorado, mulher ou namorada, constituindo o grupo uma família estendida que pode compartilhar várias atividades em conjunto, até morar na mesma casa. É muito diferente. Completamente diferente.
O homem ou a mulher poliamorista sai e frequenta a sociedade com seus dois namorados (maridos) ou duas namoradas (mulheres) juntos, de forma declarada. É claro que, como a lei não permite, não se pode celebrar oficialmente o casamento com mais de um cônjuge. Mas, fora da lei. a pessoa poligâmica constitui uma família normal com mais de um marido ou de uma esposa, ou um misto de ambos. A admissão legal dessa possibilidade seria um grande passo no sentido do aumento do nível global de felicidade humana do planeta.
É muito mais saudável do que a prática costumeira da traição, pela qual uma pessoa protesta fidelidade amorosa à outra e, às escondidas, não cumpre. É muito mais honesta e atende a uma característica natural do ser humano que é sua capacidade de amar a mais de uma outra pessoa simultaneamente. Para quem, em atendimento ao compromisso de fidelidade, sufoca qualquer outro amor que lhe surja, impedindo o seu desabrochar, o poliamorismo é um grande alívio por impedir muita infelicidade, amargura e, até, ressentimentos para com a pessoa pela qual se preservou a fidelidade. E não tem falta de pudor nenhum. Não se trata de libertinagem nem de devassidão, mas de amor, sincero, intenso, profundo, leal e decente. Uma atitude muito mais civilizada e condizente com o propósito de tornar o mundo um lugar aprazível, justo, harmônico, fraterno e feliz.
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