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segunda-feira, 1 de julho de 2013
A ética é uma verdade absoluta quando pensamos em uma sociedade?
À ética, por se reportar não ao que seja, mas ao que deva ser, não se aplica critério de verdade. Verdade é a adequação entre o discurso e a realidade (o que é). Como o discurso ético diz o que deve ser, não é, desse modo, nem verdadeiro nem falso. Os critérios de eticidade das ações se prendem ao que se considere, filosoficamente, que seja bom para o maior número de seres. Logo têm que ser critérios humanísticos gerais e não particulares de algum estrato social em algum momento e lugar. A moral é que, nem sempre seguindo a ética, costuma permitir e proibir de acordo com as conveniências dos grupos detentores do poder. Mas a ética busca o que seja certo ou errado, para que a moral permita ou proíba de acordo com tais critérios. Essa busca não pode atender a nenhuma conveniência. Tem que ser um valor humano global, isto é, válido para todos os estratos sociais em todos os tempos e lugares. Não digo universal, pois não sei como seriam os seres conscientes de outros planetas. A ética é humana. O valor ético de uma ação (note que os seres não são passíveis de valorização ética) só pode ser atribuído se ela se der com liberdade e consciência. É importante frisar, também, que os valores éticos não se prendem ao que tenha estabelecido nenhuma pretensa divindade. Os homens é que atribuíram a seus inventados deuses a prescrição dos valores morais, para que o povo achasse que não fossem deles (sacerdotes e mandatários) que a moral estava sendo emanada.
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