terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ernesto, você não acha que é uma depreciação do ensino pessoas comemorarem porque "passaram de ano" na escola, mas sem nenhum mérito, sem aprender nada? Isso não seria apenas comemorar o fato de ser manipulado e usado pelo sistema?‎

Já que o sistema educacional contempla essa possibilidade, é lícito que se comemore. O que não é correto é a possibilidade de aprovação sem conhecimento, sem domínio de habilidades e todo o resto que seria esperado que ficasse cumprido com o fato de se ter cursado alguma série do processo educativo. Em verdade seria preferível que o sistema da educação básica não fosse estruturado em séries e disciplinas, mas sim em projetos interdisciplinares, com pré-requisitos, que seriam vencidos sob orientação, sem que o estudante estivesse vinculado a série nenhuma. Sem turmas, sem aulas, sem provas, sem horários. O cumprimento do nível se daria pela aprovação em todos os projetos interdisciplinares previstos, no prazo que o estudante desse conta. A aprovação se daria pela defesa do projeto perante uma banca, apenas com a menção "aprovado" ou "reprovado". Mas a aprovação teria que ser bem exigente. A escola teria os professores todos em dedicação exclusiva, disponíveis para orientação dos estudantes. O ambiente da escola seria todo de mesas de estudo, bibliotecas, laboratórios, oficinas, salas de computadores e o que mais fosse preciso para o desenvolvimento dos projetos que poderiam, inclusive, contemplar visitas a lugares onde se pudesse adquirir informações sobre seus temas.

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