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sexta-feira, 28 de março de 2014
Excelente percepção da Escola Austríaca no argumento, professor. Mas como "pensar no bem dos outros" sem imaginar o "seu próprio ganho"? Como coletivizar o indivíduo? O sr. sugere que a sociedade em si seja a grande finalidade do indivíduo, num argumento utilitarista?
Para começar, não gosto de nenhum rótulo. O surgimento da sociedade, mesmo nos hominídeos pré-humanos ou outros humanos paralelos (como os neandertais), se deu como um fato evolutivo que possibilitou o maior sucesso procriativo por meio da colaboração e da ajuda mútua do que pela competição individualista. No ser humano há a pulsão egoísta e a pulsão altruísta. É perceptível que o estado de paz e felicidade é mais desejável do que o estado de insegurança, belicosidade e constante tensão que a competição propicia. Como temos inteligência (nem todos), é fácil concluir que a máxima de "um por todos e todos por um" resulta em melhores resultados em termos de prosperidade, paz, alegria, harmonia e tudo o que signifique bem estar e uma vida levada satisfatoriamente. Trata-se pois de um processo de educação e convencimento para se ver que o altruísmo é melhor que o egoísmo para o bem de todos e decorrentemente, para o de cada um.
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