Comprei meu primeiro PC-AT 286 em 1984, quando tinha 34 anos, há 32 anos. Tinha 1 MB de RAM e 42 MB de HD e monitor de fósforo amarelo com 16 tons, mas não era gráfico. O sistema operacional era o DOS. Mas eu já mexia com computadores main-frames, desde 1974, no IBM-1130, que nem tinha monitor e era alimentado por cartões perfurados, com saída em relatórios de papel com remalina. Não havia programas prontos. A gente é que tinha que fazê-los e eu usava a linguagem FORTRAN. Tomei conhecimento dos micro-computadores em 1982 por meio de um CP-500 da Prológica, que nem tinha disco rígido. Tinha dois drives de disquetes de 5,25 polegadas e monitor de fósforo verde. Usava os programas Lotus 123, D-Base, WordStar, Chi-Writer, Origin, Derive e outros, que não eram Wysiwyg (exceto o Chi-Writer, um grande avanço para DOS). Foi no Chi-Writer que escrevi meus primeiros trabalhos de pesquisa em Física, pois era praticamente o único que tinha símbolos matemáticos. Minha tese de mestrado, contudo, foi escrita em uma máquina de datilografia IBM de esferas, com esfera de símbolos matemáticos. Depois é que apareceu o LaTex. Havia, também, o Word para DOS e o WordPerfect, mas eu preferia o WordStar para textos comuns e o ChiWriter para textos científicos com símbolos matemáticos. Depois do Lotus 123, apareceu o Quattro-Pro e, depois o Excel para DOS. Mas eu só usei o Excel quando já tinha aparecido o Windows, cuja primeira versão que usei foi a 3.1. Mas o Windows não era um sistema operacional e sim uma interface que funcionava sobre o DOS. Um dos primeiros programas para Windows que dominei foi o Corel Draw, do qual, inclusive, escrevi um texto didático e lecionava, nos idos de 1997-2000. Também lecionei Excel Avançado, Power-Point e Derive. Além de programação para calculadoras HP-42 e HP-48.
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