domingo, 15 de abril de 2018

Ernesto, o que o Drauzio quis dizer, se não me engano, é que as pessoas deveriam ser menos imprudentes quanto a própria saúde, pois estas tomam lugares de pessoas que não podem fazer nada à respeito quanto à doenças hereditárias.

Sim. Mas eu não acho que pessoas pobres, mesmo que descuidem de sua saúde, devam ser penalizadas, inclusive com o risco de morte, sendo obrigadas a se tratarem na medicina paga. O que é preciso é que a educação formal, nas escolas, também ensine os hábitos saudáveis de alimentação, de prática de exercícios. E que incitem as crianças a educarem os seus pais naquilo que aprendem. Não é só português e matemática que a escola tem que ensinar. É nutrição, é ética, é higiene, é educação, é bom gosto, é economia, é cidadania, é primeiros socorros, é cuidar da casa, é lavar e passar roupa, é fazer consertos elétricos, hidráulicos, é cortar e costurar, é cozinhar. Isso tudo teria que fazer parte do currículo escolar, inclusive com reprovação. E as escolas todas teriam que ser públicas e de tempo integral. De modo que ricos e pobres convivessem no mesmo espaço. Sem alternativa para ricos cursarem outra escola senão a pública. Do mesmo modo que sem alternativa para ricos tratarem da saúde senão no sistema público de saúde. Ou seja, não existiria nem hospital, nem escola, nem consultório médico e odontológico particular. Mesmo inglês, informática e tudo o mais se aprenderia na escola pública. Para tal que se cobrassem altos impostos.

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