quarta-feira, 16 de maio de 2018

O próprio ambiente de desenvolvimento da ciência contemporânea estimula a competitividade predatória, o individualismo, o egoísmo, a manutenção e busca por posições de influência e reconhecimento em congressos e publicações, ou seja, cientistas trabalham contra os princípios éticos fundamentais.

Infelizmente sim. E a razão é que o processo educacional é extremamente falho em trabalhar a formação da juventude e não apenas em fornecer conhecimentos e habilidades. Para mim, muito mais importante do que saber matemática ou história é ter um caráter muito bem formado. E a escola tem a obrigação de fazer isso, complementando o trabalho das famílias, ou mesmo, contrariando o trabalho nocivo de muitas famílias que educam os filhos para serem mau-caráteres, para passarem a perna nos outros, para serem desonestos, espertalhões. A escola precisa, inclusive, conscientizar a juventude para contestar as idéias erradas de seus pais nesse sentido. Isso é outro dos temas em que dou murro em ponta de faca há mais de quarenta anos. Mas, enquanto eu for vivo, continuarei a insistir na necessidade imperiosa de haver educação ética e aulas de "RELIGIÕES" (no plural), como matérias curriculares e passíveis de reprovação (por mau-caratismo). A vaidade e a competitividade no meio científico é, de fato, uma vergonha para pessoas que deveriam ser paladinas da virtude. Conheci muitos cientistas de ponta no Brasil (merecedores até de Prêmio Nobel), mas sei quais eram pessoas de caráter ilibado e quais eram espertalhões, apesar da grande inteligência e sapiência, mas, infelizmente, péssimo caráter e baixa sabedoria. Para mim são uma vergonha da comunidade.

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