quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Se ele existe, o que é o destino?‎

Não existe! Taxativamente não. Impossível. O que se chamaria de "destino" seria o fato de que as ocorrências futuras estariam, de alguma maneira, predeterminadas a se dar de tal ou qual forma. Mas a cadeia de ocorrências da vida de uma pessoa acontece por uma série de injunções que fazem com que as linhas de eventos de uns e outros se intercruzem, com o juntamento das linhas dos eventos naturais e, principalmente, dos acasos e coincidências. Esses são os fatores mais relevantes para direcionar os passos seguintes a cada evento, quando a pessoa toma uma decisão livre, mesmo que fortemente influenciada por muita coisa. Essa teia é tão fantasticamente intrincada, que a possibilidade de se aventar o que se dará ao fim de um tempo razoável é praticamente impossível. Alem do mais, há um indeterminismo essencial na estrutura da natureza que derruba qualquer pretensão de que haja fatores determinantes do futuro de qualquer cadeia de eventos. Não só o indeterminismo mas a existência de miríades de eventos fortuitos, isto é, incausados, impossibilita completamente a existência de um "destino". O que se pode aventar é um levantamento probabilístico do futuro, com base nos indícios mais fortes. Mas ele não tem garantia nenhuma.

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