quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Tuas respostas funcionam como um quebra-cabeça para mim. Como pode ser tão talentoso com as palavras?

Obrigado pela apreciação. Não sei como posso ser como sou. Sempre fui assim, desde menino. Sempre gostei de escrever e sempre soube expressar meu pensamento. Talvez porque sempre li muito. Muito mesmo. Adorava fazer análise sintática, por incrível que parece. Até dos "Lusíadas" de Camões. Quanto mais complicado, mais interessante. Gosto de fazer uso do modo subjuntivo (conjuntivo em Portugal) e do pretérito mais que perfeito.Também gosto de usar a segunda pessoa do singular, especialmente nas poesias que escrevo. Meus pais falavam assim. O pai por ser filho de portuguesa, a mãe por ser gaúcha. O pai do meu pai era austríaco, mas falava português de Portugal. O pai da minha mãe era baiano, primo do Rui Barbosa. Minha família é toda de intelectuais: professores, médicos, advogados, militares, funcionários públicos. Nenhum empresário, nenhum fazendeiro. O pai da mãe do meu pai era diplomata português. O irmão da minha mãe pesquisava a cura da Tuberculose. O pai da minha mãe a cura da Bereberi (ele morreu disso como médico da marinha no Rio da Prata). Meu pai estudou direito, mas era professor de História, Geografia e, por incrível que pareça, Contabilidade. O pai dele era professor de Russo e Tcheco na Universidade de Viena. Cresci em meio a livros. Todos em minha família têm bibliotecas boas. Me acostumei a falar e escrever de modo correto.

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