quinta-feira, 5 de junho de 2014

É possível aplicar o método científico nas ciências humanas de modo que se anule subjetivismos e idiossincrasias?‎

Sim. Não o método da Física e da Química, mas o da Biologia, Medicina e Agronomia, por exemplo. Tal método consiste no estudo estatístico dos fenômenos, submetido à análise condizente com as características do fato. Isso pode ser aplicado à sociologia, à política, à economia, à psicologia, do mesmo modo que, também, se aplica à meteorologia, à astronomia. Métodos estatísticos, quando bem aplicados, permitem conclusões de grande confiança. Claro que os experimentos ou levantamentos têm que ser feito e analisados com extremo cuidado, inclusive para discernir relações de causalidade de meras correlações. E isso é feito. Assim procedendo, os cientistas podem evitar a introdução de opiniões subjetivas e concepções idiossincráticas em suas explicações de fenômenos sociais, econômicos, psicológicos e outros análogos. Tais procedimentos, inclusive, em meu entendimento, devem ser aplicados à Filosofia, mesmo que esta não seja uma ciência, propriamente dita, mas uma "metaciência". Tal "Filosofia Científica" é que advogo seja praticada pelos filósofos. Isso não significa rejeição à reflexão, mas sim a submissão das conclusões tiradas por reflexão a um critério científico de validação. Com o uso desses métodos de validação se evitariam a existência de "Escolas de Pensamento", tanto na filosofia quanto nas ciências sociais, que lhes corroem a credibilidade, por apresentarem mais de uma explicação, e divergentes, para um mesmo fenômeno, que, obviamente, tem uma explicação só. O método científico permitiria decidir qual a correta, a ser aceita por toda a comunidade, com o abandono das concorrentes. E não é garantido que, para fenômenos diferentes, a explicação da mesma escola é que venha a prevalecer.

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