quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sua opinião sobre: Relacionamentos Poliamoristas.‎

Considero perfeitamente válidos, uma vez que todos os envolvidos estejam cientes e de acordo. Não vejo porque se restringir a possibilidade nem do sexo nem do amor apenas a um par de pessoas. É fato de que se pode amar, profunda, intensa e sinceramente a mais de uma outra pessoa. Então por que não se permitir a realização plena desses amores e se obrigar a fazer uma escolha que provocará tristeza? Isso implica, inclusive, em conceber a família como um grupamento que pode ser mais amplo, envolvendo mais de um pai ou mais de uma mãe, ou mais de dois pais ou duas mães, se os relacionamentos forem homossexuais. Para mim amor é algo que não pode sofrer impedimentos. Quanto mais amor houver no mundo melhor. Isso não significa que estou prescrevendo a poliginia ou a poliandria. Estou considerando que devam ser admitidas com toda a naturalidade, inclusive com todas as implicações sociais, econômicas e jurídicas. Ou seja, o relacionamento monogâmico tem que ser uma possibilidade e não uma determinação. Quem tiver mais de uma namorada ou mulher, mais de um namorado ou marido, tem que poder sair com todos na rua de modo perfeitamente natural e frequentar todos os lugares sem constrangimento. A lei tem que admitir os matrimônios múltiplos com todas as consequências em termos de pensão e herança, por exemplo. Os filhos têm que assimilar essa condição com toda a naturalidade e nutrir por seus múltiplos pais o mesmo afeto e respeito que nutririam para um conjunto de só dois. Acho que uma sociedade que admita isso seria muito mais feliz e honesta do que a atual, que, de modo hipócrita, só aceita, às claras, os relacionamentos monogâmicos, mas acoberta os casos extras, desde que não explícitos. É claro que isso só é possível com a mudança radical do conceito e do sentimento de amor de algo que envolva posse e controle para algo que seja libertário e exercido como doação, sem o menor resquício de ciúme. Não porque seja controlado, mas porque, realmente, não seja sentido. Isto é, cada um admitir, plenamente, que a pessoa que ama e com quem se relacione também possa amar e se relacionar com outra pessoa e todos serem uma família.

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