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quinta-feira, 5 de junho de 2014
Nós ateus, julgamos cruel e injusto que alguém passe a eternidade sofrendo no inferno. Mas apoiados em que padrão julgamos algo injusto?
Justiça não tem nada a ver com existência de algum Deus. Inclusive porque pode ser que, existindo, ilo não seja justo (ilo é a terceira pessoa do singular do pronome pessoal reto no gênero neutro - invenção minha). A justiça, em tese, se baseia na verdade e na moral que, por sua vez, novamente em tese, se baseia na ética. Em suma, fazer justiça significa, simplesmente, conceder a cada um o que merece por seus atos e comportamentos, que, pautando-se em uma moral que seja ética, sejam de modo a promover o bem. Então é justo recompensar o bem e punir o mal. Mas a punição tem que ser proporcional à maldade. O inferno seria uma punição infinita e não há maldade nenhuma que seja infinita.
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