quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

No naturalismo, nossa mente seria apenas um subproduto natural do acaso. Mas se as leis da física, na cosmovisão ateísta, possuem caráter prescritivo, isto é, guiam o mundo natural, logo, não teríamos livre-arbítrio. Então, por que nós continuamos a nos questionar sobre nossa conduta moral?

As leis da física não são prescritivas de modo nenhum. Elas são descritivas. Além do mais elas contemplam a liberdade de escolha sim. Isso é uma decorrência do caráter indeterminista e incausal dos fenômenos físicos em nível subatômico. Em outras palavras, do princípio da incerteza. As leis da física não prescrevem o que vai acontecer mas mostram as probabilidades do que pode acontecer. Somente em eventos que envolvam um grande número de eventos elementares é que a probabilidade fica concentrada de modo a dar uma aparência de determinação. Em toda situação em que se tenha que tomar uma decisão por parte de um agente dotado de mente consciente, ele é capaz de levar em consideração todas as consequências (porque age de modo preemptivo) e tomar a decisão que quiser sabendo se estará fazendo um bem ou um mal. Portanto é perfeitamente possível se atribuir valorização moral às ações humanas sim.

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