sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

-Sua posição sobre legalização das drogas continua a mesma? ( http://goo.gl/vxCGSv ) - Acredita que isso viola o princípio de individualidade de quem usa as outras drogas? - Como você disse teria que acabar com o consumo, mas a melhor saída não seria tratar os viciados ao invés de "cadeia no ato"?

Sim. Mudou. Atualmente sou a favor da legalização do consumo de qualquer droga alucinógena: maconha, cocaína, heroína, LSD e assim por diante. Acho que o consumo delas é péssimo e estraga com a vida da pessoa. Mas concluí que a pessoa tem que ter a liberdade de estragar sua vida. Além do mais, a liberação promoverá o fim da criminalidade associada ao tráfico. A educação deve, contudo, mostrar o quanto o uso de drogas é nocivo. Do mesmo modo que mostrar o quanto são nocivos os maus hábitos alimentares e a vida sedentária. Faz parte dos onze pilares da educação o cultivo da saúde e a escola tem que investir pesadamente na saúde dos estudantes. O ideal seria escola em tempo integral em que os estudantes se alimentassem na escola, por uma dieta saudável e balanceada e tivessem prática diária de exercícios físicos (não estou falando de esportes, que também podem haver). Nesse processo seria incutida a noção do malefício das drogas, apesar de seu grande apelo em termos de satisfação sensorial que propicia (o que não pode ser escondido). Outra coisa que a escola também tem que propiciar é uma educação sexual realmente eficaz, não apenas restrita ao conhecimento da biologia da reprodução. Que os aspectos afetivos e as responsabilidades que o sexo envolve sejam abordadas seriamente, bem como, e porque não, o melhor modo de transar gostoso. É como uma educação gastronômica, de apreciação musical, de artes plásticas, de dança. Isso tudo faz parte do processo educativo global.

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