quinta-feira, 8 de junho de 2017

Ernesto, recordo-me que você é um grande defensor do aprendizado pela prática do ensino. Por acaso esse método tem um nome específico?

Costuma ser chamado de "método da redescoberta", pelo qual o aluno age como se fosse um cientista e descobre por ele mesmo, orientado pelo professor, as leis científicas que serão estudadas. A prática, portanto, tem que ser feita antes que a teoria a respeito seja dada em classe. Isso é excelente, pelo menos em Física. E eu já vivenciei isso na EPCAR, em Barbacena, onde lecionei de 1968 a 1976. Lá isso também era feito, além da Física, em Química, Biologia e Geociências. A Matemática também era conduzida de modo que os conteúdos eram deixados para os alunos desenvolverem, de forma orientada, e não passados prontos para eles. Não sei como era feito com História, Geografia, Filosofia, Literatura e Português. Mas sei que Inglês e Francês eram aprendidos numa situação de "mergulho", com aulas diárias de meia hora, em que turmas pequenas eram colocadas na situação de estarem no país do idioma, sem que o professor falasse uma palavra em português na aula. Além disso eles tinha aulas de eletrotécnica, mecânica, marcenaria, eletrônica, hidráulica e outros assuntos práticos, nas quais "metiam a mão na massa" para consertar automóveis, instalações elétricas e hidráulicas, aparelhos de rádio e televisão e assim por diante.

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