Como iniciou e quando iniciou os seus estudos de piano? Partiu de você querer estudar o instrumento?

Na casa do meu pai havia piano. Na casa de todos os meus tios e tias havia piano. Minha mãe tocava piano. Havia antigos discos de vinil de músicas de piano que tocavam na radiola. Amigos e amigas de meu pai e minha mãe que nos visitavam tocavam piano. Então eu me vi imerso, desde criança, em um ambiente pianístico. Daí minha vontade de saber tocar surgiu logo e com nove anos comecei a estudar com Dona Luísa Nunes, na casa que depois morou o Américo Picinin, na Rua Comendador João Fernandes, em frente ao Cine Brasil. Quanto entrei para o Ginásio, aos onze anos, ainda estudei um ano, mas depois o tempo que eu gastava estudando ciências e matemática, principalmente, não me deixavam sobra para estudar piano e eu parei, aos doze anos. Mas, sempre que dava, eu ia para o piano e tocava um pouco, inclusive tirando músicas por minha conta, por meu método completamente não ortodoxo de ir decorando linha por linha da pauta até saber a música toda de cor, pois eu não tinha boa velocidade de leitura. Cheguei, inclusive a compor umas peças.