sexta-feira, 13 de abril de 2018

Ernesto, voce se diz Ateu Cetico. Mas como voce sabe que Deus nao existe? Primeiro nao deveria provar que ele existe p depois provar que nao existe? Logo, isso nao seria como uma crença? Nao consigo entender.

Eu não sei que Deus não existe, isto é, não tenho provas de sua inexistência. Mas também não tenho provas de sua existência. E como não é evidente que ele exista, para que eu considere que exista, preciso de provas, que não tenho. Mas não preciso de provas de que não exista, pois a simples falta de evidência, acompanhada da ausência de provas de existência, me levam a considerar que não existe. Isso é o ateísmo cético. O ateísmo forte, gnóstico ou dogmático é o de quem tenha certeza (não sei como) de que Deus não existe. O ateísmo agnóstico é o de quem acha que não há como saber se Deus existe ou não existe, mas acha que não existe, uma vez que não há evidências. O cético acha que pode ser que sejam achadas provas da existência ou da inexistência (como comentei numa resposta um pouco abaixo). Todavia, não dispondo dessas provas, opta por admitir a inexistência, também pela falta de evidência. Também pode haver o agnóstico que ache que Deus exista, mesmo considerando que não seja possível provar e nem dispondo de evidência. Ele pensa assim devido a uma crença gratuita de sua parte. Finalmente há o agnóstico que não acha que Deus existe e nem que não existe, não considerando que haja evidência nem num sentido e nem no outro e, tampouco, que se possa provar que sim ou que não. Em outras palavras, considerando as concepções antagônicas de cético e dogmático, gnóstico e agnóstico, ateu e crente, se podem construir todas as combinações possíveis, incluindo as de quem não seja nem uma coisa nem outra dessas três dicotomias. Isto é, há 27 possibilidades.

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