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sexta-feira, 13 de abril de 2018
Quem você seria, se tivesse nascido em outra família?
Não seria eu, ora. Eu sou uma individualidade. Uma ocorrência única. Advinda do fato de ser filho do meu pai e da minha mãe. E aquele filho, oriundo do cruzamento daquele espermatozoide com aquele óvulo. Outro espermatozoide e outro óvulo não me fariam. Fariam outra pessoa. Outro pai ou outra mãe aí é que fariam outra mesmo. Cada pessoa é única no Universo. Nunca se repetirá e não é a repetição de nenhuma outra. Nem que houvesse outro planeta, em outra galáxia, com seres da mesma espécie que a nossa. Daí a imensa preciosidade de cada vida, individualmente. Porque é algo que só existe no intervalo entre a fecundação e a morte e pronto. Acabou. Do mesmo modo que não existia aquele ser antes que fosse formado, não mais existirá depois da morte. Nada. Vazio total. Sem a menor sombra de nenhuma preservação da mente ou da consciência. Só o que fica são as lembranças nas mentes dos outros e as obras que a pessoa tenha, por acaso, feito. Daí a importância de deixar um legado para o bem do mundo. Para que o fato de se ter existido não tenha sido algo banal. Que tenha sido algo pelo qual o mundo se tenha tornado melhor do que ficaria sem essa existência. Isso é que é dar um significado à vida. E isso é o que todos precisam buscar. Isso é o valor da existência.
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