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sexta-feira, 13 de abril de 2018
Você sabe se fazer feliz? Me diga, qual a última vez que promoveu sua própria felicidade?
Estou sempre promovendo minha própria felicidade, a despeito do resto do mundo estar sempre tramando em sentido oposto (minha saúde precária, minha situação financeira precária). Se eu não fizer isso, eu sucumbo. Então eu me amparo em três suportes. O primeiro são as providências que vou tomando para sanar esses males, mesmo não o conseguindo, mas o fato de estar batalhando já me eleva o espírito. O segundo é minha ataraxia, meu estoicismo que não me permite abater por nenhuma vicissitude. Minha serenidade em considerar que nada que possa me acontecer, no fundo, vai ser ruim. Nem mesmo a minha morte. E o terceiro é meu trabalho, principalmente porque o concebo como minha contribuição para o bem do mundo. Nisso eu incluo, também, o que eu faço aqui, meu programa de rádio (e toda a sua preparação, como o garimpo das músicas e de seus comentários), o que faço voluntariamente para ajudar os outros (inclusive com os cachorros abandonados que recolhemos em casa), o trabalho administrativo no Colégio Anglo, em que invento milhares de modas para arranjar sarna para me coçar, mas para aprimorar a eficiência e a eficácia do trabalho pedagógico (não mexo com a parte de administração de pessoal e financeira). Esse trabalho, que envolve muita programação em computadores, para mim é uma delícia e eu fruo um prazer imenso em ficar inventando sistemas de controle acadêmico. Além disso, tenho uma boa parcela de minha felicidade não promovida por mim mesmo, mas pelas pessoas que me amam e me concedem amparo, carinho, amizade, afeto, consideração, admiração e tudo isso que me deixa confortado e contente de estar vivendo.
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