sexta-feira, 13 de abril de 2018

Mas o que é que se está alcançando com tudo isso? Que motivos teria eu para justificar a criação de um ser desejante que não precisava existir em primeiro lugar, e que pode sofrer de maneira extrema (que inclusive no mundo animal é só o que há)? Por que apostar num jogo com sofrimento sem sentido?

Ora, porque viver é maravilhoso. Mesmo que haja algum sofrimento, como no meu caso, por exemplo, que sou diabético, tenho insuficiência cardíaca, tive dois infartos, tenho artrose nos joelhos e tendinite no tornozelo, além de viver atolado de dívidas e não conseguir pagar todas as minhas contas todo mês, fora outras vicissitudes, eu acho que é um grande privilégio existir e poder curtir a maravilha que é esse universo, mesmo com tantas horripilâncias, essa natureza, essa companhia de pessoas da sociedade, essa riqueza cultural da humanidade. Isso eu quero compartilhar com outras pessoas e uma das melhores maneiras e tendo filhos. Quanto mais condições econômicas a pessoa detiver, mais filhos deve ter, porque poderá educá-los convenientemente e, além disso, estará colaborando para a redistribuição de renda. As pessoas com menos recursos é que devem ter poucos ou nenhum filho. Eu tenho dois filhos e quatro enteados e poderia ter mais, se minha mulher não tivesse extraído o útero. Ou mesmo com outras mulheres, se todas concordassem. Quanto mais ricos e intermediários nascerem e menos pobres, mais a riqueza do mundo será distribuída e menos sofrimento haverá. Defender a abstenção de procriar é ir contra toda a forma com que o universo se estabeleceu por meio da evolução.

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