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segunda-feira, 16 de abril de 2018
http://zip.net/brtDBl ... A existência do mal não é, de modo nenhum, uma constatação de um Deus malvado, pois Ele não prometeu o paraíso na terra, mas, sim, no céu, ao seu lado. Aqui, na terra, temos nossas provações - algumas difíceis - justamente para buscarmos a Deus. O mal não é eterno, Ernesto.
Realmente não é isso. A existência do mal é um fato em si mesmo. O que acontece é que, se houver Deus, uma vez que o mal existe e se esse Deus se enquadra no conceito que se tem de um ser onipotente, onisciente, onipresente e onibenevolente, então há uma contradição. Ou esse Deus não é onipotente, ou não é onisciente, ou não é onipresente, ou não é onibenevolente. Disso não há escapatória. Quanto ao conceito desse "céu dos bemaventurados", é algo inteiramente desprovido de sentido. Seria um lugar? Consideremos que almas existam. Sendo espíritos e não entidades físicas, não possuem volume, massa e nenhum outro atributo físico, inclusive localização. Ora, quando a pessoa morre, diz-se que sua alma vai para o céu ou para o inferno. Como almas não são entidades físicas, não há como elas irem para "lugar" nenhum. Portanto céu e inferno não podem ser lugares. O que seriam então? Claro que o mal não é eterno, pois ele não é uma coisa e sim uma propriedade das ocorrências, sejam elas provocadas pela própria natureza, seja por seres dotados de consciência. Acontece que, no futuro, o Universo se colocará no estado de nível de energia inferior em todos os seus subsistemas, o que inviabilizará qualquer ocorrência. Daí não ser possível haver nenhum mal e nenhum bem.
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