Postagens do pensamento, textos, poemas, fotos, musicas, atividades, comentarios e o que mais for de interesse filosófico, científico, cultural, artístico ou pessoal de Ernesto von Rückert.
Clique no título da postagem para ver os comentários a seu fim e inserir um.
Clique no título do Blog para voltar a seu início.
Para buscar um assunto, digite a palavra chave na caixa do alto, à esquerda, e clique na lente.
Veja lá como me encontrar em outros lugares da internet.
Visite meu canal no you-tube.
Pergunte-me o que quiser no ask.
As perguntas e respostas do ask e as que dera no formspring antes são publicadas aquí também.
domingo, 15 de abril de 2018
Por que os professores de exatas no Brasil são tão ruins? Por que não formamos bons docentes nessas ciências?
A questão é que o magistério paga mal. Então as pessoas mais bem qualificadas, em qualquer área, preferem fazer outros cursos, como engenharia, medicina, direito, do que magistério. Sobram para o magistério as menos bem classificadas, justamente em razão de seu pior preparo e menor inteligência. Mas o ensino de ciências exatas exige um nível maior de preparo e inteligência, que, em geral, com raras exceções, os licenciados não possuem. Daí os professores piores serem os de exatas, já que os de humanas e biológicas conseguem superar suas limitações razoavelmente, mas não os de exatas. Por isso é que sempre me bati para que as licenciaturas fossem uma complementação aos bacharelados. Mas querer que um professor faça o bacharelado para depois fazer a licenciatura é exigir que ele seja competente. E se ele o for mesmo, então vai fazer engenharia. Ou mestrado e doutorado em física, química ou matemática para ser cientista e não professor. Isso só vai ser resolvido quando o salário dos professores passar a ser, não bom, mas ÓTIMO. Assim as melhores cabeças vão preferir ser professores do que cientistas, médicos, engenheiros ou advogados, justamente porque se ganha MAIS. Aí a concorrência no ENEM para as licenciaturas vai ser a mais apertada de todas. E a pontuação mínima para entrar em um bacharelado (já considerando que tenha que ser um pré-requisito para as licenciaturas) será maior do que para medicina, direito ou engenharias. Para isso é que temos que batalhar. Então os professores teriam que fazer greve para isso. Mas eles não vão querer, porque se a exigência aumentar, a maioria vai ser demitida. Porque, certamente, todos teriam que ser reconcursados e com um concurso bem exigente, para passarem para o novo quadro de ótimos salários (digamos uns dez mil por mês). Outro ponto IMPORTANTÍSSIMO é que não poderia mais haver estabilidade no emprego. Todo mundo teria que ser continuamente avaliado e demitido sumariamente por incompetência e negligência. Mas não uma incompetência medida pelo número de reprovações que dê e sim por provas de qualificação de conteúdo e de didática, pelo menos bi-anuais. Quem tivesse escore insuficiente em duas avaliações consecutivas seria demitido. Todo mundo teria que viver na corda bamba mesmo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário