sexta-feira, 17 de agosto de 2018

È verdade que o que vemos no espaço pode não existir mais? Por exemplo um meteoro atingiu um planeta e ele desapareceu, o tempo que aquela imagem demora para chegar até aqui pode levar a crermos que aquilo ainda está la?

Sim, devido à velocidade finita (mesmo que bem grande - trezentos mil quilômetros por segundo) de propagação da luz. Quanto mais longe algo estiver, há mais tempo atrás é que estamos vendo o que aparece. Mas isso não leva a crer que ainda está lá, se soubermos desse fato. A Lua que vemos é a Lua de um segundo atrás. O Sol, de oito minutos atrás. A estrela mais próxima de nós, a de quatro anos atrás. O centro da Via Láctea, como era há trinta mil anos atrás. A galáxia grande mais próxima, Andrômeda, como era há dois milhões e meio de anos atrás. O lugar mais longe possível do Universo, como era há treze bilhões e oitocentos milhões de anos atrás. O que estiver além disso não é possível se ver atualmente porque, desde que o Universo existe, a luz não teve tempo de chegar até nós. Mas chegará, em algum momento futuro. A região do Universo até onde se pode ver é chamada de "Universo Observável". Mas, além dele, há mais Universo. Cada lugar do Universo tem o seu "Universo Observável", que é uma esfera em torno desse lugar com noventa e dois bilhões de anos-luz de diâmetro. Esse tamanho não é o de uma esfera de treze bilhões e setecentos milhões de anos-luz porque, enquanto a luz vinha caminhando para nós, o Universo foi se expandindo. Um ano-luz é a distância que a luz caminha em um ano, o que equivale a nove trilhões e meio de quilômetros.

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