terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Pessoas carentes são mais ciumentas?

Não conheço um levantamento estatístico dessa correlação, mas, a sentimento, acho que devam ser sim. O ciúme advém de uma falta de segurança e confiança em si mesmo, bem como da falta de uma personalidade forte e independente que baste a si mesma. Claro que uma pessoa segura e de forte personalidade gosta, e muito, de amar e ser amada. Mas não condiciona sua felicidade a isso. Além do mais, se a pessoa tem grande auto-estima, não se importa de que quem a ame possa, também, amar a outrem. O que vale é que se é amado e não que se seja amado exclusivamente. Exigir isso é sinal de insegurança, de possessividade, de egoísmo, de crueldade mesmo. E, geralmente, pessoas carentes o são justamente por não terem grande auto-estima e acabam sendo pessoas cruéis, possessivas e, em decorrência, ciumentas. Ciúme é um defeito de caráter. Como a inveja, a cobiça, a soberba, a crueldade, a ganância, a malícia, a gula, a luxúria, a preguiça, a maledicência, a ira e os demais pecados capitais e não capitais. Uma pessoa virtuosa, seguramente, não sente ciúme e, se ele aparecer, sufoca-o, como sufoca os demais desejos malévolos em nome da virtude. A virtude é caridosa, magnânima, justa, honesta, solícita, desprendida, modesta, assertiva, generosa, sincera, corajosa, diligente, bondosa, prestativa, nobre, brava. Não é tíbia, submissa, passiva, envergonhada. É brilhante e altaneira, como o velador (Marcos, 4:21). É como o Buda, o iluminado, que ilumina. O que não tem nada a ver com a existência de deuses ou de alguma realidade sobrenatural.

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