terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Professor, o que acha de quatro horas de aulas pelo powerpoint, na qual apenas apresentam-se conceitos sem atividades ou discussões relacionadas e com tanto conteúdo que nenhum aluno consegue acompanhar, obrigando-os a estudar quase tudo por conta?

Péssima didática. Os recursos áudio-visuais são bons como uma complementação do processo e não devem ser nem ausentes e nem exclusivos. O processo ensino-aprendizagem também tem que envolver exposições, estudo dirigido, tarefas para casa (especialmente leitura prévia do conteúdo da próxima aula, mas também questionários, exercícios e problemas, que, nas ciências exatas, têm que envolver induções e deduções inéditas; bem como feitura de mapas mentais e conceituais, traçado manual de mapas geográficos e históricos, elaboração de resumos etc) e, principalmente, discussões com a turma em um processo extremamente dinâmico e participativo. Além da execução de experimentos práticos pelos próprios alunos, nas disciplinas científicas e feitura de levantamentos, inclusive de campo e pesquisas bibliográficas em disciplinas humanísticas. No caso de idiomas é preciso que os alunos produzam textos literários, ensaios, façam discursos, escrevam e declamem poesias. A escola tem que ser um ensaio da vida. O professor tem que ser inquirido, questionado, contestado e se lograr capaz de enfrentar tudo isso com galhardia e competência, mostrando seu domínio seguro e superlativo do conteúdo abordado e sua mestria técnica em transmiti-lo. Senão não é professor, mas, meramente, um instrutor.

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