As palavras são signos que representam idéias. As idéias, por sua vez, são imagens mentais, pictóricas, auditivas, cinestésicas, olfativas, gustativas e de todas as ordens passiveis de percepção, de seres da realidade, suas qualidades, ações no mundo, suas modalidades, bem como abstrações construídas pela própria mente a partir do que ela apreende do mundo pelos sentidos e sentimentos que são conscientizados a partir de emoções vivenciadas organicamente. As idéias não precisam de palavras para existir. É possível se articular o pensamento e o raciocínio a partir de imagens puras e isto é o que acontece na maior parte do tempo, mas a associação delas a palavras dá à mente um poder de funcionamento extremamente potencializado, especialmente na construção de abstrações, como os esquemas modelares representativos da realidade que são as teoria científicas e outros modelamentos das estruturas e da evolução e da dinâmica dos fatos de qualquer ordem, naturais, pessoais, sociais, econômicos ou mesmo puramente abstratos, como os matemáticos. A existência da linguagem possibiilta esse tipo de coisa que seria, de fato, impossível sem ela. Mas linguagem não é só aquela das línguas faladas e de sua escrita, mas todos os conjuntos de símbolos, como os matemáticos, os sinais de trânsito, munidos de sua gramática (morfologia e sintaxe), capazes de representar e transmitir as idéias e sua dinâmica de uma forma inteligível, isto é, provida de um dicionário de associação dos significantes aos significados, que seja aceito por uma comunidade de usuários daquela linguagem. Muitos consideram que a lógica seja apenas uma propriedade arbitrária das linguagens, isto é, das proposições. Considero, contudo, que a lógica já existe nos próprios juízos formulados pelas idéias, mesmo sem representação simbólica. A Matemática, por exemplo, é um espelho de uma ordem estrutural imanente na natureza. Por isso é que se pode, matematicamente, deduzir consequências de leis físicas que são, de fato, observadas na natureza.
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