sábado, 23 de outubro de 2010

@Th_NF O fato do universo sempre e para sempre estar em expansão, não implica num espaço onde o universo não chegou com sua expansão ser existente?

Não, absolutamente, Esta é a noção mais errônea que se tem. A de que a expansão do Universo é uma expansão de seu conteúdo para um espaço vazio que seria infinito e sem nada, para onde as coisas que estão em expansão se dirigem. Não é isto. O Universo é todo repleto de conteúdo, não há vazio em lugar nenhum. Pode haver só vácuo, mas não vazio. Não existe "além do Universo". Mesmo que se conceba a existência de outros Universos, cada um deles teria o seu espaço e o seu tempo, juntamente com o seu conteúdo e esses elementos seriam inteiramente disjuntos e incomunicáveis. Não tem como haver um espaço entre eles, separando-os. Não se pode saber se existem outros Universos e eu suponho que não, mesmo que teorias considerem que possam existir. O mesmo acontece com os "buracos brancos" e os "túneis de minhoca (pontes de Einstein-Rosen)", que ligariam os "portais", tão decantados na ficção científica. A expansão do Universo é um "inchamento" do próprio espaço. Isto é, um metro hoje é maior que um metro ontem. Mas isto só é percebido quando se comparam as distâncias entre coisas que são vistas agora e há tempos atrás, como as galáxias distantes. O desvio observado de suas linhas espectrais para a extremidade vermelha do espectro pode ter três interpretações. Ou elas de fato estão se movendo, ou sua excessiva gravidade está encurtando as ondas de luz, ou o espaço está inchando, à medida que a luz trafega por ele. O movimento próprio das galáxias é descartado porque não obedeceria a Lei de Hubble. O desvio gravitacional exigiria massas muito maiores que as observadas nas galáxias. O inchamento do espaço tanto obedeceria a lei de Hubble quanto é previsto nas equações da Relatividade Geral para a dinâmica da Geometria.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails