sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Carrol se refere a mago como você se refere a artista. Magia, hoje, é o que disse Lord Boleskine: "Todo ato intensional é um ato mágico. É metafórico. Não há intensão de ser prosélito, mas de esclarecer, ser compreendido".

Se por mago se entende a pessoa que se dedica a aprofundar-se em algum conhecimento de forma aberta e metódica, sem enveredar-se por nada esotérico, então eu sou um mago e não sabia. Quando digo que mágica não existe, estou dizendo que é impossível ocorrer qualquer fenômeno que não se dê de acordo com as leis da natureza. Isto é pacífico. E, para mim, todo conhecimento, sendo algo que beneficie as pessoas, não pode ser mantido secreto por ninguém. Tem que ser público. A manutenção de algum conhecimento em segredo (o que consiste no esoterismo, em oposição ao exoterismo da ciência), configura-se, para mim, em uma atitude anti ética. Isto só pode ser admitido se tal conhecimento for danoso e não benéfico, como, por exemplo, saber fazer uma bomba atômica. Não concordo com a concepção de mágica de Boleskine. Para mim, mágica é a realização de algum fenômeno em desobediência às leis da natureza. Isto não existe, mas existe a simulação da mágica, por meio de truques, que é o que faziam os pretensos médiuns que moviam mesas, no tempo do Allan Kardec.

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